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Minha filha nasceu sem vida

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Lígia estava prestes a realizar o sonho de ser mãe quando sua vida mudou de forma inesperada. Quando ela entrou em trabalho de parto da sua primeira filha, a Laura, descobriu no ultrassom que o coraçãozinho da bebê não estava mais batendo. Quando a Lígia soube que estava grávida da Laura, seu mundo se encheu de expectativas. Sua gravidez foi tranquila. Cada ultrassom, cada mexida na barriga, trazia a alegria de imaginar o futuro. Já planejavam a escolinha, os passeios, os detalhes da nova vida a três. Com suas expectativas estilhaçadas, o choque foi tão grande que Lígia sequer compreendeu de imediato. Ela foi levada à sala de parto e, ao invés de dar à luz uma nova vida, viveu um dos momentos mais dolorosos de sua existência. Sem acolhimento, sem explicações, e com o coração despedaçado, Lígia ficou com Laura nos braços por um breve período. Não há fotos, apenas memórias que insistem em desaparecer com o tempo. O hospital não parecia preparado para lidar com o luto. Enquanto processava a morte da filha, era colocada em um corredor repleto de mães que ouviam o choro de seus bebês recém-nascidos. E, como se não bastasse, profissionais de saúde entravam no quarto com perguntas desconectadas da realidade: “Como está indo a amamentação?” Lígia foi submetida a uma cesariana e, por isso, não pôde ir ao velório da filha, e a partir daí o vazio tomou conta. Amigos e familiares evitavam falar de Laura, como se o silêncio pudesse apagar o que aconteceu. Para Lígia, era como se a vida de sua filha não tivesse existido. Essa ausência de espaço para falar sobre Laura só intensificava a dor. A depressão veio com força. Lígia se sentia presa entre o mundo que esperava que ela "superasse" a perda e a realidade de sua dor irreparável. Em um retiro de silêncio, percebeu que precisava de um espaço para falar sobre sua filha, para lembrar, para honrar sua existência. Foi dessa necessidade que nasceu a ideia do @institutolutoparental, um lugar onde mães e pais poderiam falar de seus filhos, independentemente das circunstâncias de suas partidas. O projeto começou pequeno, mas cresceu, acolhendo não apenas famílias, mas também profissionais de saúde, que muitas vezes não sabem como lidar com essas situações. A chegada de Gael, seu segundo filho, trouxe um novo medo, mas também renovou sua força. Quando ele nasceu, saudável, ela sentiu um alívio, mas nunca deixou de lembrar da filha. O instituto tornou-se um espaço onde ela podia ouvir o nome de Laura, compartilhar suas histórias e ajudar outras famílias a viverem seu luto de maneira plena e acolhida. Hoje, Lígia luta para que histórias como a de Laura sejam lembradas. Porque uma vida, mesmo que breve, merece ser honrada, e o luto de uma mãe ou pai deve ser respeitado. Compre o livro do ter.a.pia "A história do outro muda a gente" e se emocione com as histórias : https://amzn.to/3CGZkc5 Tenha acesso a histórias e conteúdos exclusivos do canal, seja um apoiador http://apoia.se/historiasdeterapia

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Lígia estava prestes a realizar o sonho de ser mãe quando sua vida mudou de forma inesperada. Quando ela entrou em trabalho de parto da sua primeira filha, a Laura, descobriu no ultrassom que o coraçãozinho da bebê não estava mais batendo. Quando a Lígia soube que estava grávida da Laura, seu mundo se encheu de expectativas. Sua gravidez foi tranquila. Cada ultrassom, cada mexida na barriga, trazia a alegria de imaginar o futuro. Já planejavam a escolinha, os passeios, os detalhes da nova vida a três. Com suas expectativas estilhaçadas, o choque foi tão grande que Lígia sequer compreendeu de imediato. Ela foi levada à sala de parto e, ao invés de dar à luz uma nova vida, viveu um dos momentos mais dolorosos de sua existência. Sem acolhimento, sem explicações, e com o coração despedaçado, Lígia ficou com Laura nos braços por um breve período. Não há fotos, apenas memórias que insistem em desaparecer com o tempo. O hospital não parecia preparado para lidar com o luto. Enquanto processava a morte da filha, era colocada em um corredor repleto de mães que ouviam o choro de seus bebês recém-nascidos. E, como se não bastasse, profissionais de saúde entravam no quarto com perguntas desconectadas da realidade: “Como está indo a amamentação?” Lígia foi submetida a uma cesariana e, por isso, não pôde ir ao velório da filha, e a partir daí o vazio tomou conta. Amigos e familiares evitavam falar de Laura, como se o silêncio pudesse apagar o que aconteceu. Para Lígia, era como se a vida de sua filha não tivesse existido. Essa ausência de espaço para falar sobre Laura só intensificava a dor. A depressão veio com força. Lígia se sentia presa entre o mundo que esperava que ela "superasse" a perda e a realidade de sua dor irreparável. Em um retiro de silêncio, percebeu que precisava de um espaço para falar sobre sua filha, para lembrar, para honrar sua existência. Foi dessa necessidade que nasceu a ideia do @institutolutoparental, um lugar onde mães e pais poderiam falar de seus filhos, independentemente das circunstâncias de suas partidas. O projeto começou pequeno, mas cresceu, acolhendo não apenas famílias, mas também profissionais de saúde, que muitas vezes não sabem como lidar com essas situações. A chegada de Gael, seu segundo filho, trouxe um novo medo, mas também renovou sua força. Quando ele nasceu, saudável, ela sentiu um alívio, mas nunca deixou de lembrar da filha. O instituto tornou-se um espaço onde ela podia ouvir o nome de Laura, compartilhar suas histórias e ajudar outras famílias a viverem seu luto de maneira plena e acolhida. Hoje, Lígia luta para que histórias como a de Laura sejam lembradas. Porque uma vida, mesmo que breve, merece ser honrada, e o luto de uma mãe ou pai deve ser respeitado. Compre o livro do ter.a.pia "A história do outro muda a gente" e se emocione com as histórias : https://amzn.to/3CGZkc5 Tenha acesso a histórias e conteúdos exclusivos do canal, seja um apoiador http://apoia.se/historiasdeterapia

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