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ConVersando - Os Campos da Minha Terra de Mario Lago

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Um poema de Mario Lago pela voz de Zodja Pereira.

(Poema escrito no livro O povo escreve a história nas paredes, 1948.)

OS CAMPOS DA MINHA TERRA

Os campos da minha terra

têm trigo e têm algodão

Os homens pobres da minha terra

Não tem coberta quando faz frio

Morrem pedindo um pouco de pão

Os campos da minha terra

têm gado de carne boa

têm vacas de leite bom

Os homens da minha terra

Sabem que o gado tem carne boa

Mas custa caro. Comem pirão.

As crianças pobres da minha terra

Sabem que as vacas têm leite bom,

Mas custa caro. Crescem doentes

Ou morrem fracas sem nunca terem

Provado seu leite bom.

Os campos da minha terra

Têm árvores que parecem

Braços que estão segurando

Os céus, tão grandes são.

Os homens da minha terra

moram em casas de barro e taipa,

não têm madeira para seu teto,

nem sua cama, nem sua mesa,

e comem, sentam, dormem no chão.

os homens pobres da minha terra

morrem de frio quando faz frio,

pois não têm lenha pra seu fogão.

Os campos da minha terra

têm rios e têm cascatas

que dão pra matar a sede

de todos os desertos

e energia pra iluminar

os quatro cantos do mundo

Os homens pobres da minha terra,

que estão à margem daqueles rios

e estão à beira dessas cascatas

de água tão farta, de água tão pura,

morrem de febre, morrem de tifo

das águas podres que os poços dão.

Os homens pobres da minha terra

vivem à margem daqueles rios,

moram à beira dessas cascatas

mas não têm luz no seu barracão.

Os campos da minha terra

têm tudo que os outros campos

das outras terras terão.

Os homens pobres da minha terra

são como os pobres das outras terras.

Não têm nada. Mas terão.

Mário Lago.

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(Poema escrito no livro O povo escreve a história nas paredes, 1948.)

OS CAMPOS DA MINHA TERRA

Os campos da minha terra

têm trigo e têm algodão

Os homens pobres da minha terra

Não tem coberta quando faz frio

Morrem pedindo um pouco de pão

Os campos da minha terra

têm gado de carne boa

têm vacas de leite bom

Os homens da minha terra

Sabem que o gado tem carne boa

Mas custa caro. Comem pirão.

As crianças pobres da minha terra

Sabem que as vacas têm leite bom,

Mas custa caro. Crescem doentes

Ou morrem fracas sem nunca terem

Provado seu leite bom.

Os campos da minha terra

Têm árvores que parecem

Braços que estão segurando

Os céus, tão grandes são.

Os homens da minha terra

moram em casas de barro e taipa,

não têm madeira para seu teto,

nem sua cama, nem sua mesa,

e comem, sentam, dormem no chão.

os homens pobres da minha terra

morrem de frio quando faz frio,

pois não têm lenha pra seu fogão.

Os campos da minha terra

têm rios e têm cascatas

que dão pra matar a sede

de todos os desertos

e energia pra iluminar

os quatro cantos do mundo

Os homens pobres da minha terra,

que estão à margem daqueles rios

e estão à beira dessas cascatas

de água tão farta, de água tão pura,

morrem de febre, morrem de tifo

das águas podres que os poços dão.

Os homens pobres da minha terra

vivem à margem daqueles rios,

moram à beira dessas cascatas

mas não têm luz no seu barracão.

Os campos da minha terra

têm tudo que os outros campos

das outras terras terão.

Os homens pobres da minha terra

são como os pobres das outras terras.

Não têm nada. Mas terão.

Mário Lago.

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