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#115: Falta de ventilação causa síndrome dos edifícios doentes
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O Programa Ambiente é o Meio desta semana entrevista a professora Adriana Gioda, coordenadora do Laboratório de Química Atmosférica da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), que fala sobre a poluição do ar em ambientes fechados, a síndrome dos edifícios doentes.
A questão, segundo Adriana, já é conhecida há muito tempo. Na Inglaterra, até os anos 1970, as casas tinham pé direito alto e janelas grandes porque garantiam uma boa ventilação. Naquela época, “já se percebia que aquela fumaça causava incômodo”, acrescenta.
Essa preocupação se estendeu ao longo do tempo. Mas, com a crise energética dos anos 1970, o aumento do preço do petróleo e a necessidade de reduzir custos, houve um movimento para construir edifícios mais selados, especialmente no hemisfério norte, onde o frio intenso demandava sistemas de aquecimento central.
No entanto, logo percebeu-se que esses edifícios selados contribuem para problemas de saúde. Em pouco tempo, “começaram a perceber que as pessoas ficavam doentes, com dores de cabeça, fadiga, irritação nos olhos e coceira, devido à falta de ventilação e à concentração de poluentes”, contextualiza.
Adriana, que trabalha com o tema desde 1999, quando iniciou seu doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), conta que começou a realizar medições em diversos locais e teve até a oportunidade de avaliar a qualidade do ar no Palácio do Planalto, em Brasília, durante uma troca e limpeza de tubulações.
Conta também que, no início de sua pesquisa, observou que os ambientes não costumavam contar com ar-condicionado, situação que mudou, ao longo dos anos, com as mudanças climáticas e o devido selamento de áreas para climatização.
A professora complementa que, além do selamento que impede a circulação de ar adequada, a atividade realizada e os materiais presentes nos edifícios também contribuem para o desenvolvimento de problemas de saúde. “A tinta de parede e todas as mobílias emitem algum tipo de compostos orgânicos voláteis; têm alguns que são cancerígenos, outros não são ou não causam tantos problemas”, alerta, incluindo entre eles os produtos de limpeza.
Para Adriana, é fundamental conscientizar as pessoas sobre a importância da qualidade do ar e incentivar práticas que promovam ambientes internos saudáveis e bem ventilados. Segundo a professor, o desenvolvimento de tecnologias e sistemas de monitoramento contínuo pode ajudar a garantir que os ambientes fechados sejam seguros e confortáveis para todos.
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O Programa Ambiente é o Meio desta semana entrevista a professora Adriana Gioda, coordenadora do Laboratório de Química Atmosférica da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), que fala sobre a poluição do ar em ambientes fechados, a síndrome dos edifícios doentes.
A questão, segundo Adriana, já é conhecida há muito tempo. Na Inglaterra, até os anos 1970, as casas tinham pé direito alto e janelas grandes porque garantiam uma boa ventilação. Naquela época, “já se percebia que aquela fumaça causava incômodo”, acrescenta.
Essa preocupação se estendeu ao longo do tempo. Mas, com a crise energética dos anos 1970, o aumento do preço do petróleo e a necessidade de reduzir custos, houve um movimento para construir edifícios mais selados, especialmente no hemisfério norte, onde o frio intenso demandava sistemas de aquecimento central.
No entanto, logo percebeu-se que esses edifícios selados contribuem para problemas de saúde. Em pouco tempo, “começaram a perceber que as pessoas ficavam doentes, com dores de cabeça, fadiga, irritação nos olhos e coceira, devido à falta de ventilação e à concentração de poluentes”, contextualiza.
Adriana, que trabalha com o tema desde 1999, quando iniciou seu doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), conta que começou a realizar medições em diversos locais e teve até a oportunidade de avaliar a qualidade do ar no Palácio do Planalto, em Brasília, durante uma troca e limpeza de tubulações.
Conta também que, no início de sua pesquisa, observou que os ambientes não costumavam contar com ar-condicionado, situação que mudou, ao longo dos anos, com as mudanças climáticas e o devido selamento de áreas para climatização.
A professora complementa que, além do selamento que impede a circulação de ar adequada, a atividade realizada e os materiais presentes nos edifícios também contribuem para o desenvolvimento de problemas de saúde. “A tinta de parede e todas as mobílias emitem algum tipo de compostos orgânicos voláteis; têm alguns que são cancerígenos, outros não são ou não causam tantos problemas”, alerta, incluindo entre eles os produtos de limpeza.
Para Adriana, é fundamental conscientizar as pessoas sobre a importância da qualidade do ar e incentivar práticas que promovam ambientes internos saudáveis e bem ventilados. Segundo a professor, o desenvolvimento de tecnologias e sistemas de monitoramento contínuo pode ajudar a garantir que os ambientes fechados sejam seguros e confortáveis para todos.
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